quinta-feira, 26 de março de 2009

Apresentação

Já está no Commons a apresentação desta terça-feira passada do Helder sobre o Wikilivros no "Debate: Direitos autorais e educação".

Esta foi a primeira apresentação lusófona exclusivamente sobre um projeto da Wikimedia que não a Wikipédia e os resultados parecem ter sido muito bons, inclusive já com alguma repercussão na mídia.

Vídeos das apresentações estarão disponíveis na página Observatório da Educação. Quero ver a nossa!

terça-feira, 17 de março de 2009

Evento: Direitos autorais e educação

Na próxima terça-feira, dia 24 de março, vai ser realizado em São Paulo um dia de debates sobre "Direitos autorais e educação" e o Helder do Wikilivros foi convidado para falar sobre o projeto!

Não encontrei um site com a programação, então segue como me foi passada:


9h30 - 11h30
Mesa 1 - Livro didático e acesso ao conhecimento
Célia Cassiano - Autora da tese de doutorado "O mercado do livro didático no Brasil"
José de Nicola Neto - Autor de livro didático e presidente da Associação brasileira dos autores de livros educativos (ABRALE)
Coord.: Pablo Ortellado - Grupo de pesquisa em políticas para acesso à informação (GPOPAI/USP) 13h30 - 15h30

Mesa 2 - Experiências de material didático para livre acesso
Jairo Marçal - Coordenador do Livro didático público: Projeto Folhas da Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Hélio Kuramoto - Coordenador geral de pesquisa e manutenção de produtos consolidados do Instituto brasileiro de informação em ciência e tecnologia (IBICT): Ministério da Ciência e Tecnologia
Helder Geovane Gomes de Lima - Colaborador do Wikilivros
Coord. Vera Masagão Ribeiro - Coordenadora de programas da Ação Educativa 16h - 18h

Mesa 3 - Indicações para a formulação de políticas públicas
Pablo Ortellado - Grupo de pesquisa em políticas para acesso à informação (GPOPAI/USP)
Egon Rangel - Membro da comissão técnica do livro didático: Ministério da Educação
Jamila Rodrigues Venturini - Jornalista
Coord: Sérgio Haddad - Coordenador geral da Ação Educativa

Quando: 24 de março de 2009, das 9h30 às 18h
Onde: Auditório da Ação Educativa
Rua General Jardim, 660, Vila Buarque, São Paulo-SP
(próximo à estação do Metrô Santa Cecília)


Os temas parecem muito interessantes e não conhecia ainda o movimento pelo acesso livre a informação científica, tema de estudo do palestrante anterior ao Helder.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail candelaria [arroba] acaoeducativa.org e são gratuitas. O evento é uma parceria entre uma ONG e o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (GPOPAI) da USP. Agora temos os professores de que eu falava no texto anterior!

domingo, 1 de março de 2009

Dia Nacional do Livro Didático

Dia 27 de fevereiro último foi, no Brasil, o Dia Nacional do Livro Didático. Creio que é como outras datas comemorativas de que ninguém sabe e que, portanto, ninguém comenta.

No Brasil os livros didáticos são distribuídos gratuitamente para as escolas pelo governo federal desde que o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foi criado em 1985. Contudo, esta distribuição gratuita só envolvia o ensino básico até que em 2004 começou a ser ampliado para incluir também o ensino médio ou ginasial.

O PNLD gerou uma verdadeira indústria do livro didático no Brasil. Sendo a distribuição nacional, as encomendas do governo são da casa dos milhões e qualquer editora hoje quer entrar em um mercado com uma tiragem tão alta e tão certa. Todavia, a avaliação dos livros que chegarão a um catálogo final nas mãos dos professores é feita nas universidades e os critérios de seleção são bastante rígidos. Na área de História, por exemplo, são avaliados "Princípios pedagógicos", "Princípios históricos", "Projeto gráfico" e "Elementos para contrução da consciência cidadã", todos itens com subdivisões.

Essas exigências geraram um alto grau de profissionalização do material, devido também a concorrência entre as editoras. Mesmo assim, os livros didáticos não escapam de erros ou falhas e estes de serem escancarados de vez em quando na imprensa. Por exemplo, recentemente, por ocasião dos 40 anos do início do AI-5 a Folha Online publicava matéria sobre o assunto.

É difícil ver o Wikilivros entrando neste mercado. É difícil cumprir certos tópicos do processo de avaliação como a exigência de que os livros venham em coleções para abarcar todo o ensino básico, desde a primeira série até a última, ou a exigência de que venham com manuais para os professores. Eu diria que com a mão-de-obra disponível é impossível. Uma possível brecha está nos livros infantis que servem mais como complemento ao livro didático do que como concorrência. Uma outra está no conteúdo desenvolvido para vestibulares e concursos como também para cursos universitários.

No caso das universidades, em particular, o Wikilivros é muito apropriado, pois os próprios professores podem escrever seus livros e apostilas, já que não há exigências governamentais quanto ao material utilizado no Ensino Superior, e há ainda o estímulo de que livros no Brasil, didáticos ou não, custam muito caro, de maneira que fica faltando só a divulgação do projeto.